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DATA: 04/08/2016

Artigo - Vocação, o olhar misericordioso de Deus

A vocação nasce do encontro com Jesus Cristo. Neste encontro nos deparamos com seu olhar misericordioso voltado para nós e para a realidade em que estamos inseridos. O relato bíblico do jovem que se aproxima de Jesus e “correndo, ajoelhou-se diante dele” (Mc 10,17), nos indica onde está o princípio de toda vocação: “Jesus olhou para ele com amor” (Mc 10,21).Falamos de encontrar-se com Jesus Cristo e o evangelho do Reino e deixar-se perscrutar pelo seu olhar misericordioso. Ele revela a verdade sobre nossa vida e as melhores potencialidades que estão em nós, muitas vezes encobertas ou escondidas. É o mesmo olhar misericordioso que Jesus lançou sobre Mateus e o convidou a segui-lo (cf. Mt 9,9). É o mesmo olhar de misericórdia que Deus lança sobre o seu povo escravo no Egito: “eu estou vendo a opressão com que os egípcios os atormentam. Por isso, vá. Eu te envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os filhos de Israel”(Ex 3,10). O olhar de Deus é ativo: vê a realidade, o sofrimento humano e diante dele não fica indiferente, mas se compadece e age. Vê seu servo Moisés e a cada um de nós e convida a uma missão. Por isso, a vocação é sempre um dom de Deus.

Somente quem está no caminho de Jesus Cristo consegue compreender que a escolha para a vida matrimonial, sacerdotal, religiosa ou leiga não é unicamente fruto de sua livre decisão, mas parte de um chamado, que encontra eco e uma resposta generosa pela qual vale a pena empenhar toda a vida. Por isso, a importância de um caminho de iniciação cristã que verdadeiramente ajude nossos adolescentes e jovens a se encontrarem com Cristo, a fixar nele o olhar (cf. Hb 12,2). Quem encanta-se por Jesus Cristo e seu Reino não fica aprisionado na indiferença e no individualismo, mas sente-se impelido para grandes ideais, a doar sua vida numa vocação e missão. Entende-se porque é preciso rezar pelas vocações, nas famílias e comunidades. Em nossas famílias, encontros e celebrações somos convidados a sempre rezarmos “ao Senhor da messe que mande trabalhadores para a sua colheita” (Mt 9,38). Sabemos que “a vocação é a resposta de Deus providente à comunidade orante” (Puebla, 882). Não há dúvidas de que as vocações são sinal e consequência da vitalidade de uma comunidade eclesial.

O olhar de Deus que chama e convida a doar a vida numa vocação, é sempre um olhar positivo. É muito importante vermos positivamente e falar do belo de cada uma das vocações. O que não é belo não encanta e não atrai. É bela a vocação e missão do padre, pastor do rebanho, imagem de Jesus Cristo, Bom Pastor, misericordioso. Urge, porém, falar positivamente da família e do sacramento do matrimônio, pois “o anúncio cristão que diz respeito à família é deveras uma boa notícia”, diz nosso Papa (AL 1). Encantadora é a vocação à vida consagrada, como um caminho de especial dedicação a Cristo, a serviço do Reino de Deus, de coração indiviso, de forma plena, total, “assumindo a forma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo: vida virginal, pobre e obediente” (DAp 216). Igualmente bela é a vocação batismal dos leigos, que “se santificam nos altares do seu trabalho: a vassoura, o martelo, o volante, o bisturi, a enxada, o fogão, o computador, o trator.” (CNBB, Doc. 105, n.35). A família e a comunidade cristã, na sua missão de educar na fé, são convidadas a apresentarem de maneira positiva as vocações e a despertar o desejo latente nos corações de acolher e viver com generosidade e totalidade o chamado.


FONTE: Por Dom Adelar Baruffi – Bispo de Cruz A

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